A estratégia da AO e da TD
Em nosso último artigo apresentamos os tipos de ambidestria organizacional (AO) e também sobre como as organizações podem usar de estruturas para melhor se adaptar às necessidades empresariais. Partindo da AO uma empresa acaba sendo mais ágil para conseguir resultados inovadores ou na busca pela melhoria contínua, além disso, é possível atribuir uma melhor preparação (maturidade) organizacional para o enfrentamento dos desafios do mercado. O desafio está em lidar com estas tensões de inovação e melhoria contínua ao longo de sua vida.
Por outro lado, a transformação digital (TD) é originada pela estratégia organizacional, e se propõe a potencializar os resultados e criar mais valor competitivo. Para Thomas Hess e demais autores (2016) as dimensões da TD são abordadas sob a luz da tecnologia, da criação de valor na mudança, da mudança estrutural e do aspecto financeiro relacionada à habilidade de respostas rápidas às necessidades organizacionais. Desta forma é possível caracterizar que: i) mudanças estruturais são chave para o sucesso (ou não) de um TD; ii) Não somente de tecnologia uma TD é estruturada; iii) A busca pelo retorno financeiro é um objetivo meta da estratégia da TD dentro da organização.
Muito se explora da TD nas organizações no dias atuais, embora todos os movimentos sejam regidos pela estratégia, ou o quê se busca com a TD. Aqui atribuímos a AO como um elemento facilitador (enabler) da organização para se chegar à TD, ou seja, partimos de uma estrutura ambidestra para conectar a estratégia desenhada com as ações empresariais para se chegar aos resultados da TD. As empresas ambidestras possui a capacidade de definir, executar e capturar resultados diferenciados, principalmente pelo recrutamento de algumas características que as diferem, tais como: inovação em produtos e processos, cultura para a flexibilidade, ter agilidade na tomada de decisão, ser adaptável, ser interoperável, ser capaz de gerenciar mudanças e também da melhoria contínua, além de ser colaborativa e estar inserida em ecossistemas. Características estas que vemos sendo perseguidas com frequência em grandes corporações, na busca constante de resultados diferenciados num ambiente extremamente competitivo.
O que diz a literatura?
Para Jöhnk, J et al (2020) as tecnologias digitais emergentes e a inovação exigem que as organizações lidem com mudanças contínuas. Onde por meio do papel envolvente da TI na organização, o alinhamento da estratégia de TI e da estratégia de negócios leva a uma estratégia de negócios digital.
As implicações de uma transformação digital contínua para mercados e empresas (por exemplo: produtos, modelos de negócios, operações) vão além da digitalização de recursos e automação de processos por meio de TI. Como resultado é assumido que as organizações digitais necessitam: 1) Objetivos estratégicos; 2) Recursos e; 3) uma estrutura organizacional Fuchs, C. et al (2019).
Artigos usados neste material:
- https://www.researchgate.net/publication/332613658
- https://doi.org/10.30844/wi_2020_j8-joehnk
- https://doi.org/10.1007/s12599-015-0401-5
Acompanhe nossos conteúdos e fique por dentro das discussões que temos explorado no mundo corporativo.