O básico ainda é um desafio.
Comentamos em nossos artigos sobre a jornada para a excelência operacional, e seguramente conseguimos ligar o gerenciamento da rotina ao caminho do ritmo e rigor que precisamos imprimir para atender aos objetivos organizacionais. Para Falconi em sua principal obra “Gerenciamento da Rotina do trabalho do dia-a-dia”, gerenciar é resolver problemas, porém o principal desafio para uma jornada para a excelência está na escolha dos primeiros passos. Para cada problema localizado o caminho do planejamento nos leva à criar um item de controle com sua meta, todas as atividades que devem ser realizadas devem ser em função desta meta.
O gerenciamento da rotina é uma prática que precisa ser direcionada pela direção da empresa, e que está relacionada com o gerenciamento da mudança que a empresa está proposta a realizar. Para este processo de mudança Falconi reforça dois fatores que são decisivos para o sucesso do movimento que são: a) liderança e b) educação e treinamento, reforçando de que “Boa liderança é sinônimo de boas mudanças”. Tenho abordado o tema gerenciamento da mudança nos artigos que escrevo, reforço que as pessoas tendem a aceitar melhor os objetivos quando eles reconhecem os benefícios e os impactos nelas, desta forma a prática do gerenciamento da rotina deve criar um vínculo diário de comprometimento com o time direto envolvido, gerando um elo cíclico de atividades e reconhecimento pelos resultados, uma cultura da melhoria contínua.
A caminhada para a excelência
Este título é o mesmo que Falconi utiliza em sua obra para demonstrar quatro fases elaboradas por ele para determinar a caminhada para a excelência operacional, onde:
- 1a fase Entenda o seu trabalho: descrição básica sobre as atividades, por exemplo, fazer um VSM (Value Stream Mapping) para entender os principais problemas;
- 2a fase Arrumando da casa: consiste em padronizar, eliminar as anomalias e monitorar, pois disso gerenciar para manter e gerenciar para melhorar;
- 3a fase Ajustando a máquina: depois do monitoramento na fase anterior, deve-se aperfeiçoar o monitoramento, praticar a melhoria contínua e garantir a qualidade;
- 4a fase Caminhando para o futuro: basicamente determina-se o futuro da empresa, do processo, partindo do controle estabelecido e da governança da situação controlada.
Embora temos evoluído nos controles operacionais onde as informações online de todos os principais indicadores circulam por tv’s e monitores por toda a empresa, somente garantiremos disciplina da melhoria contínua se houver uma dinâmica e cultura de tratativas de problemas. Seguindo o gerenciamento da rotina proposto por Falconi, identificamos alguns passos que nos ajudam a entender melhor esta sequencia, iniciando por estabelecer o controle, observar o seu comportamento, analisar (entender os fatores causais), estabelecer o plano de ação, verificar os resultados, padronizar (comunicação da mudança) e concluir baseado na possibilidade de expansão das ações e do registro da inteligência adquirida. O bom e velho PDCA nos ajudando na condução lógica e sistemática da melhoria contínua, a questão aqui é a disciplina de tornar esta prática cíclica nos principais problemas que identificamos em nosso processo.