Elementos da melhoria contínua

Se usarmos como base o WCM (World Class Manufacturing) criado pelo prof. H. Yamashina podemos elencar algumas metodologias e ferramentas que suportam qualquer movimento de melhoria contínua organizacional, o próprio Lean Manufacturing tão usado por diversas indústrias no mundo, o Six Sigma que utiliza ferramentas avançadas com foco na eficácia do processo e a busca pela estabilidade dos resultados e todas as diversas ferramentas que acabam sendo compartilhadas entre todas estas metodologias. Embora todas as metodologias sigam etapas lógicas em sua evolução quando evocadas nos processos fabris em específico, cito como exemplo o PDCA que é um belo e consistente exemplo deste exercício temático.

Entretanto, existe algo, de extrema importância pouco explorado nelas, que são as capabilidades, ou melhor dizendo, as habilidades das pessoas que estão diretamente envolvidas no movimento da melhoria contínua.

Entender quais habilidades seu time possui e quão ambidestra é a sua estrutura que estará à frente da transformação pode ser a chave para o sucesso do que se planeja.

Ambidestria Organizacional se refere a um conceito que descreve a capacidade de uma organização ser capaz de melhorar a eficiência dos processos atuais e a capacidade de inovar produtos e/ou serviços para melhor competir no mercado.

Tais habilidades que são atribuídas à pessoas, podem ser configurar de várias formas, como: comunicação, capacidade de explorar novos negócios, habilidade de organização, a própria experiência tácita, a habilidade de absorver situações e de buscar o empreendendorismo.

Quanto exploramos qualquer mudança organizacional criamos ações que serão desdobradas por pessoas, elas são a base de todo o movimento de melhoria contínua, olhar com o cuidado necessário e entender como explorar um time ambidestro é um desafio de muitos líderes, e que direciona o êxito dos projetos que caminham pelos corredores das empresas que se desafiam a ser melhores.

Melhoria da produtividade via industrialização

Prof. Hajime Yamashina comenta em seu artigo Challenge to world-class manufacturing (2000) que a maturidade da industrialização é obtida pela melhoria da produtividade via racionalização do processo, principalmente com projetos originados da manufatura e distribuição (fluxo logístico). Contudo somente este movimento não é necessário para se obter melhoria, e o autor incorpora mais dois elementos chave neste fluxo, que são: desenvolvimento da informação baseada na sociedade (elementos de mercado) e períodos de criatividade que resgata a melhoria da produtividade via conceito de desenvolvimento de tecnologias, produtos, sistemas e negócios.

Se percebermos bem, o prof. Yamashina nos desafia a usar todas as armas para promover a melhoria, e a Cia que souber utilizar todos estes elementos de forma mais ajustada possível conseguirá extrair com mais velocidade os resultados e o impacto do investimento aplicado na jornada.